Existem dois complementos verbais: o objeto direto e o objeto indireto.
São utilizados para completar o sentido de verbos transitivos diretos e transitivos indiretos que, sozinhos, possuem significado incompleto.
Os complementos verbais fazem parte dos termos integrantes da oração. Não se usa vírgula entre o verbo e os complementos verbais.
Objeto direto
O objeto direto é um complemento verbal que se liga a verbos transitivos diretos para completar o seu sentido. Responde, principalmente, às perguntas o quê? e quem? e não necessita de uma preposição para estabelecer regência verbal.
O objeto direto é representado principalmente por: substantivos, pronomes substantivos, pronomes oblíquos átonos e orações subordinadas substantivas objetivas diretas.
Objeto direto representado por um substantivo:
Pedro leu o livro.
Objeto direto representado por um pronome substantivo:
Luísa comeu tudo.
Objeto direto representado por um pronome oblíquo átono:
Eu amo-o.
Objeto direto representado por uma oração subordinada substantiva objetiva direta:
Meu irmão não sabia que você vinha hoje.
Leia tudo sobre verbos transitivos diretos.
Objeto direto preposicionado
Embora o objeto direto não seja um complemento preposicionado, em algumas situações pode vir precedido da preposição a:
- Não sei a quem pedir esse favor.
- A professora criticou a todos.
Isso acontece quando o objeto direto se refere a um substantivo próprio, a um pronome oblíquo tônico, a um pronome indefinido, ao pronome relativo quem e aos numerais ambos e ambas. Ou quando o objeto direto se encontra antecipado na frase e quando se pretende evitar ambiguidade na leitura da frase.
Objeto direto pleonástico
O objeto direto pleonástico ocorre quando o objeto direto se encontra no início da oração, sendo repetido depois do verbo através de um pronome oblíquo átono. Esse recurso permite que haja uma intensificação do objeto direto, tornando-o mais expressivo:
- Os brigadeiros, comi-os todos!
- A verdade, você não a quer ouvir.
Objeto indireto
O objeto indireto é um complemento verbal que se liga a verbos transitivos indiretos para completar o seu sentido. Responde, principalmente, às perguntas de quê? para quê? de quem? para quem? e em quem? e necessita obrigatoriamente de uma preposição para estabelecer regência verbal.
O objeto indireto é representado principalmente por substantivos, pelos pronomes oblíquos lhe e lhes e por orações subordinadas substantivas objetivas indiretas.
Objeto indireto representado por um substantivo:
Eu acreditei nas tuas mentiras.
Objeto indireto representado por um pronome oblíquo:
Eu já lhe respondi.
Objeto indireto representado por uma oração subordinada substantiva objetiva indireta:
Eu preciso de que vocês me ajudem.
Leia tudo sobre verbos transitivos indiretos.
Objeto indireto não preposicionado
Quando representados por um pronome oblíquo ou pelo pronome reflexivo se, o objeto indireto pode ocorrer sem uma preposição:
- Eu não lhe dei toda a informação.
- Ele culpou-me.
Objeto indireto pleonástico
O objeto indireto pleonástico ocorre quando o objeto indireto se encontra no início da oração, sendo repetido depois do verbo através de um pronome oblíquo. Esse recurso permite que haja uma intensificação do objeto indireto, tornando-o mais expressivo:
- A ti, dou-te todo o meu amor.
- Aos meus pais, pedi-lhes ajuda.
Verbos sem complementos verbais
Existem verbos que não necessitam da junção dos complementos verbais para concluir o seu sentido, uma vez que apresentam significado completo. Chamam-se verbos intransitivos:
- Ontem, minha avó caiu.
- Meu cachorro morreu.
Leia tudo sobre verbos intransitivos.